Andamos no mundo e o temos
Somos toda beleza que há
Tá tudo certo e tão errado
Me perdi nos vazios de teu lado
Me deixa ficar.
Sei falar de amor sem saber amar
Também não sou ator, mas sei disfarçar
Por acaso te incomoda meu jeito
Livre e louco
Lento e souto
Misterioso e provocante
de viver e te olhar?
Posso te ensinar a correr
Posso te mostrar o lugar
Posso te levar no futuro
Posso te consertar
Posso te mostrar o caminho
Posso te fazer sangrar
Posso tanto e sou tão pouco
Não te assusta o infinito estar em tudo que há?
Sei que sorrir já pesa
É difícil de levantar
Sei que a correnteza leva
Tudo que é bom e que se pode conquistar
Mas nada.
Sabe que pode nadar.
Mais nada, sempre é nada
Mais e mais nada.
Nada não.
Ainda tenho a beleza e o mundo
Meu corpo e minha mente
Que são meus, sempre meus.
Nada não.
Que ainda assim tenho forças pra sorrir
Por todo aquele apreço que por ti carrego
Por toda beleza do mundo
que é minha
que é tua
que é nossa.
Nossa! Carregas essa imensa rocha nas costas
Por isso que tudo pra ti é mais dificil
Mais dolorido
Por vezes sangrento
Já estive na guerra
Sei como é
Sei matar
Sei morrer
Sei fugir
Não chora não
Dia desses tua rocha te esmaga no chão
E teu nada mais fácil será.
segunda-feira, 31 de agosto de 2015
quarta-feira, 26 de agosto de 2015
Maria de minha terra
Lá na minha terra
A batata é doce e o osso duro de roer
A rapa é dura e a cana boa de beber
As moça tudo formosa curiano na janela
Delicada feito rosa
Bonita como uma tela
E o farol que de longe me alumia
Respeita teu véi, Maria
Que hoje eu vou pescar
Se Iemanjá querer, trago o jantar
e amanhã quando eu voltar
Sorria, que vou te amar
Lá na minha terra
Os home são bronco e brabo
Derruba os boi pelo rabo
E nem ao Papa dá um bom-dia
Já disse a veia Maria
Num dê corda pos rapaz
Que são tudo da paz
Mas são doce que nem jegue
E nem desculpa eles pede
Quando ao coração da véia magoa
E fica se rindo a toa
quando minha Maria fica a chorar
E se quer me ver endoidar
Mecha com minha muié
Num sobra nenhum zé
E se quiser provar, experimente
Tu num diz nenhum oxente
Seja bruto com ela
Que a peixera já tá na goela
E tu está a sangrar
Kuroi Kuroneko
26 de agosto de 2015
A batata é doce e o osso duro de roer
A rapa é dura e a cana boa de beber
As moça tudo formosa curiano na janela
Delicada feito rosa
Bonita como uma tela
E o farol que de longe me alumia
Respeita teu véi, Maria
Que hoje eu vou pescar
Se Iemanjá querer, trago o jantar
e amanhã quando eu voltar
Sorria, que vou te amar
Lá na minha terra
Os home são bronco e brabo
Derruba os boi pelo rabo
E nem ao Papa dá um bom-dia
Já disse a veia Maria
Num dê corda pos rapaz
Que são tudo da paz
Mas são doce que nem jegue
E nem desculpa eles pede
Quando ao coração da véia magoa
E fica se rindo a toa
quando minha Maria fica a chorar
E se quer me ver endoidar
Mecha com minha muié
Num sobra nenhum zé
E se quiser provar, experimente
Tu num diz nenhum oxente
Seja bruto com ela
Que a peixera já tá na goela
E tu está a sangrar
Kuroi Kuroneko
26 de agosto de 2015
sexta-feira, 14 de agosto de 2015
Essa mulher
E quem é essa mulher?
De longe a mais pura
Pura de coração
De mim ela cuida
Diz que me ama
Traz café na cama
Me faz carinho
Me dá conselho
Me ajuda na luta
De nada tem medo
Ela é tão pura
Mas ainda ousam chamar o meu amor
De puta, rapariga, quenga, vadia
A toa, fácil, promíscua, meretriz
Mas me diz
Quem é que não quer ser feliz?
Ela não dá pra qualquer um
Dá pra quem quer
E quem ama é livre, cuida e respeita, não é?
Eu amo essa mulher
Por que ela me faz feliz sem precisar de mim
Ama si mesma
A mim
E a natureza
Eu amo essa mulher
Disso tenho certeza
Disso tenho certeza
Kuroi kuroneko
14 de agosto 2015
segunda-feira, 10 de agosto de 2015
Sorrio
Sorrio por que sou rio
Sou mar, sou correnteza
Fluo e não me prendo
Não sou represa
Sou meu, e caço a liberdade como presa.
Sorrio porque sou rio em que navegas
Sou o mar em que exploras,
A correnteza que te leva
E tua nau por mim desliza lentamente
Vai de ponta a ponta contracorrente
Se assim eu permitir.
Me navega, me leva, me seja
Só não tente me ter como certeza
Pois de certeza, nem mesmo a morte
E se por sorte, resolvo te abrigar,
Te lembras, navegante, rio sou,
E a outras naus hei de levar.
Kuroi kuroneko
10 de agosto de 2015
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