Trata-se de poemas constituídos numa linométrica de até seis palavras-versos. Esse limite de 06 palavras se dá de forma aleatória, porém preocupada com a produção de um poema que condense significação com um minimo de palavras, conforme o espirito poundiano de poesia, sem que isso signifique extremo esforço para sua elaboração.
A partir do conceito "poundiano" de o máximo de poesia, num minimo de palavras, o Poeta Aldravianista deve observar os seguintes critérios para elaboração de Aldravias:
- Iniciar os versos com letras minúsculas. Em caso de nome próprio, vale a opção do autor;
- A divisão de palavras-versos já indica pausa; por isso não é recomendada a utilização de pontuação. Além disso, a pontuação limita possíveis interpretações relativas a livres escolhas do leitor em deslisar pausas e criar novos sentidos;
- As pontuações de interrogação ou exclamação podem ser utilizadas, se a sintaxe da Aldravia, por si só, não denunciar a sua proposição;
- Nomes próprios duplos (com ou sem ligação por hífen), cuja divisão resulta em outro nome (Di Cavalcanti, Van Gogh), podem ser considerados um único vocábulo;
- Nomes e formas pronominais ligadas por hífen podem ser consideradas vocábulos únicos;
- Sugerir mais do que tentar escrever todo o conteúdo. Incompletude é provocação Aldrávica.
- Privilegiar a Metonímia, evitando-se a metáfora;
Alguns exemplos de Aldravia:
aldravias?
humilde
confesso:
engatinho
nos
versos
(Zaira Metillo)
num
único
sorriso
Monalisa
imortalizou
Da Vinci
(Luiz Poeta)
monstros
destruindo
Tóquio:
memórias
de
infância
(Francisco Nunes)
Fonte: Jornal Aldravia Cultural
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