quarta-feira, 26 de agosto de 2015

Maria de minha terra

Lá na  minha terra
A batata é doce e o osso duro de roer
A rapa é dura e a cana boa de beber
As moça tudo formosa curiano na janela
Delicada feito rosa
Bonita como  uma tela
E o farol que de longe me alumia
Respeita teu véi, Maria
Que hoje eu vou pescar
Se Iemanjá querer, trago o jantar
e amanhã quando eu voltar
Sorria, que vou te amar

Lá na minha terra
Os home são bronco e brabo
Derruba os boi pelo rabo
E nem ao Papa dá um bom-dia
Já disse a veia Maria
Num dê corda pos rapaz
Que são tudo da paz
Mas são doce que nem jegue
E nem desculpa eles pede
Quando ao coração da véia magoa
E fica se rindo a toa
quando minha Maria fica a chorar
E se quer me ver endoidar
Mecha com minha muié
Num sobra nenhum zé
E se quiser provar, experimente
Tu num diz nenhum oxente
Seja bruto com ela
Que a peixera já tá na goela
E tu está a sangrar


Kuroi Kuroneko
26 de agosto de 2015

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