segunda-feira, 31 de agosto de 2015

Nada

Andamos no mundo e o temos
Somos toda beleza que há
Tá tudo certo e tão errado
Me perdi nos vazios de teu lado
Me deixa ficar.
Sei falar de amor sem saber amar
Também não sou ator, mas sei disfarçar
Por acaso te incomoda meu jeito
Livre e louco
Lento e souto
Misterioso e provocante
de viver e te olhar?
Posso te ensinar a correr
Posso te mostrar o lugar
Posso te levar no futuro
Posso te consertar
Posso te mostrar o caminho
Posso te fazer sangrar
Posso tanto e sou tão pouco
Não te assusta o infinito estar em tudo que há?
Sei que sorrir já pesa
É difícil de levantar
Sei que a correnteza leva
Tudo que é bom e que se pode conquistar
Mas nada.
Sabe que pode nadar.
Mais nada, sempre é nada
Mais e mais nada.
Nada não.
Ainda tenho a beleza e o mundo
Meu corpo e minha mente
Que são meus, sempre meus.
Nada não.
Que ainda assim tenho forças pra sorrir
Por todo aquele apreço que por ti carrego
Por toda beleza do mundo
que é minha
que é tua
que é nossa.
Nossa! Carregas essa imensa rocha nas costas
Por isso que tudo pra ti é mais dificil
Mais dolorido
Por vezes sangrento
Já estive na guerra
Sei como é
Sei matar
Sei morrer
Sei fugir
Não chora não
Dia desses tua rocha te esmaga no chão
E teu nada mais fácil será.

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