sexta-feira, 2 de março de 2012

Adeus, meus sonhos

Adeus, meus sonhos, eu pranteio e morro!
Não levo da existência uma saudade!
E tanta vida meu peito enchia
Morreu na minha triste mocidade!
Misérrimo! votei meus pobres dias
À sina doida de um amor sem fruto,
E minh'alma na treva agora dorme
Como um olhar que a morte envolve em luto.
Que me resta, meu Deus?
Morra comigo
A estrela de meus cândidos amores,
Já não vejo no meu peito morto
Um punhado sequer de murchas flores!
                            (Alvares de Azevedo)


Um dos meus poetas favoritos. Brasileiro, nasceu em São Paulo em 1831. Romancista da segunda geração, escreveu contos, dramas, poesias, e ensaios renomados. Sua maior obra foi "Noite na taverna". Ele merece o selinho também \õ


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