sábado, 21 de maio de 2011

even

Algo aconteceu.
Mas você não estava lá, na verdade nunca esteve.
Tenho vontades
Vontade de fazer... Sei lá!
Maldades.

Matar, morrer, me mostrar, me esconder...
Ser quem eu realmente sou,
Fazer o que tenho vontade.
Mas onde raios enfiaram essa tal liberdade?
Porque a moral fica a cima do desejo?

 Deram-me espelhos, mas não consigo ver nada.
Deram-me conselhos, mas como sempre segui calada.
Deram-me veneno, tomei.
Deram-me armas, matei.
Deram-me um sentimento, ignorei.

Nesse rio, tormento.
Não tarda, acaba o tempo
Me levando embora.
Jogada no acostamento, esperando- te ao relento
Dizendo palavras ao vento.
Eu morri. E agora?

Joguei tudo fora.
Eu te amo. Eu te odeio.
Porque não vais embora?
Aqui não mais está. Foste parar em que lugar?
Fica um pouco. Eu quero.

Não.
O que quero é simples, mas difícil.
O que tenho é nada,
Encontrei na estrada, dentro de um pote.
Este sangue é mentira,
Minha dor vem do corte.

Kuroneko-chan 
22.05.11 

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